Enfoque na África Central
Uma das ajudas mais vitais para a sobrevivência dos elefantes tem sido a criação de parques nacionais, áreas especialmente protegidas. Um projeto-chave de área protegida é a floresta Dzanga-Sangha na República Centro-Africana, santuário de uma das maiores populações intactas de elefantes de floresta ainda existentes.
Estado atual do elefante africano
Estado - Vulnerável (tanto a espécie de elefante de fl
População vivendo em liberdade - 300 mil - 600 mil
Distribuição - Florestas e savanas africanas, ao sul do Saara
Principais ameaças - Caça ilegal, perda de hábitat
Proteção legal - Proteção internacional no comércio de marfim desde 1990
Cooperação local
O Dzanga-Sangha é especial porque é uma das poucas áreas vastas ainda remanescentes da floresta da áfrica, onde abunda uma grande variedade de vida selvagem. Em 1998, organizações de preservação reuniram-se com o objetivo de proteger a área e a sua vida selvagem, incluindo os elefantes da floresta. Um aspecto determinante foi a proteção de animais dos caçadores ilegais.
Os elefante possuem um papel vital na ecologia da floresta, pois, como derrubam as árvores, os gorilas tem acesso às plantas, que é a principal fonte de alimentação deles. Muitos projetos de preservação falham porque não trabalham com as populações locais, cujos interesses podem colidir com os dos ativistas de preservação. As organizações de defesa da vida selvagem tornaram ese projeto um modelo de desenvolvimento "integrado", em que a necessidade em proteger esses animais é equilibrada com as necessidades das populações locais.
Como agir
Os elefantes constituem uma das principais prioridades dos ativistas, mas você poderá:
-Evitar comprar produtos feitos a partir de marfim e denunciar todos aqueles que praticam essa atividade às organizações de proteção.
-Aderir ou fazer donativos a uma organização de proteção importante.
-Fazer safári em um dos parques nacionais promovidos pelo eco-tursimo.
Legenda
Área do Parque Nacional
O Parque Nacional do Dzanga-Sangha, com um total de 4.200 km², é um das últimas áreas de floresta tropical de planícies da África Central ainda não ocupadas pelo homem.
Um santuário para os elefantes
Área do Parque Nacional
O Parque Nacional do Dzanga-Sangha, com um total de 4.200 km², é um das últimas áreas de floresta tropical de planícies da África Central ainda não ocupadas pelo homem.
Um santuário para os elefantes
Em defesa de um majestoso
Ícone africano
Os elefantes africanos são animais majestosos. O maior mamífero vivo na Terra e um dos mais inteligentes, com padrões impressionantes de comunidade. São também o que os zoólogos denominam de espécie "chave", central para o bem-estar do hábitat.
Os elefantes devastam áreas para as outras espécies selvagens, disseminam as sementes de plantas e escavam sais minerais vitais. Mas, nos últimos anos, a sua sobrevivência tem sido ameaçada em duas frentes - primeiro, os caçadores de marfim e segundo alterações causadas pelo homem em seus hábitats.
Caçadores de marfim
Há 50 anos, existiam cerca de cinco milhões de elefantes na África, e as manadas migravam livremente pelas savanas e através das florestas da África Ocidental. Mas, nos anos 1970 e 1980, a população caiu vertiginosamente, quando milhões foram chacinados devido às suas presas do marfim. Em 1989, entrou em vigor uma proibição internacional do comércio de marfim, tornando ilegal a exportação.
Apesar da proibição ter reduzido a procura de marfim no mundo ocidental, e este declínio ter abrandado a procura nos anos 1990, atualmente, existem apenas 500 mil elefantes africanos. Em 2000, a Namíbia, o Zimbábue e o Botsuana foram autoziados a vender uma quantidade limitada de marfim armazenado para o Japão, com os objetivos de reduzir a procura ainda elevada nesse país e obter fundos para os esforços de preservação.
Mortos por causa do marfim
Rivais nas terras de agricultura
O comércio de marfim não é o único aspecto da luta para a proteção dos elefantes. Na realidade, atualmente, a maior ameaça é provavelmente a perda do hábitat, à medida que as populações africanas cresecem e as terras anteriormente ocupadas pelos elefantes lhes são retiradas para a agricultura. À medida que as terras da agricultura vão se expandindo, os territórios tradicionalmente ocupados pelos elefantes são transformados em "ilhéus".
Para sobreviver, os elefantes tem de viajar longas distâncias à procura de alimentação e água, e é cada vez mais difícil para eles conseguirem "corredores" seguros por onde podem passar.
Grande parte da pressão no sentido de "salvar os elefantes" vem de fora da África. Para as populações locais, essa questão não tem a simplicidade que aparenta aos ocidentais. Muitos africanos são pobres e os elefantes constituem um recurso valioso, tanto por causa de seu marfim como por causa de sua carne - e a expansão das terras para a agricultura é vital para o seu futuro.
Elefantes destrutivos
Para complicar ainda mais o problema, os elefantes podem ser destrutivos, invadindo campos e destruindo colheitas. Para sobreviver, um elefante adulto precisa consumir 10t de plantas. Além do mais, apesar de constituírem uma espécie "chave", nem sempre são benéficos para os outros animais. Um estudo do Parque Tsavo, Quênia, revelou que, quando crescem as populações de elefantes que vivem em áreas protegidas, outros animais de pasto, como as girafas, é que sofrem. Só quando a seca e a caça ilegal mataram muitos elefantes é que as outras espécies começaram a se recuperar. Daí se conclui que o número de elefantes vivos deve estar corretamente equilibrado.
É indubitável que a sobrevivência a longo prazo dos elefantes africanos depende não apenas de aprender mais sobre eles e o seu papel na ecologia africana, mas também do equilíbrio de suas necessidades com as necessidaes culturais, políticas e sociais dos povos africanos.
O comércio de marfim não é o único aspecto da luta para a proteção dos elefantes. Na realidade, atualmente, a maior ameaça é provavelmente a perda do hábitat, à medida que as populações africanas cresecem e as terras anteriormente ocupadas pelos elefantes lhes são retiradas para a agricultura. À medida que as terras da agricultura vão se expandindo, os territórios tradicionalmente ocupados pelos elefantes são transformados em "ilhéus".
Para sobreviver, os elefantes tem de viajar longas distâncias à procura de alimentação e água, e é cada vez mais difícil para eles conseguirem "corredores" seguros por onde podem passar.
Grande parte da pressão no sentido de "salvar os elefantes" vem de fora da África. Para as populações locais, essa questão não tem a simplicidade que aparenta aos ocidentais. Muitos africanos são pobres e os elefantes constituem um recurso valioso, tanto por causa de seu marfim como por causa de sua carne - e a expansão das terras para a agricultura é vital para o seu futuro.
Elefantes destrutivos
Para complicar ainda mais o problema, os elefantes podem ser destrutivos, invadindo campos e destruindo colheitas. Para sobreviver, um elefante adulto precisa consumir 10t de plantas. Além do mais, apesar de constituírem uma espécie "chave", nem sempre são benéficos para os outros animais. Um estudo do Parque Tsavo, Quênia, revelou que, quando crescem as populações de elefantes que vivem em áreas protegidas, outros animais de pasto, como as girafas, é que sofrem. Só quando a seca e a caça ilegal mataram muitos elefantes é que as outras espécies começaram a se recuperar. Daí se conclui que o número de elefantes vivos deve estar corretamente equilibrado.
É indubitável que a sobrevivência a longo prazo dos elefantes africanos depende não apenas de aprender mais sobre eles e o seu papel na ecologia africana, mas também do equilíbrio de suas necessidades com as necessidaes culturais, políticas e sociais dos povos africanos.
Grande parte dos territórios ocupados pelos elefantes situa-se fora de áreas protegidas.
Transferindo os elefantes
Transferindo os elefantes
As guerras na África tem efeito negativo para os elefantes. Em Moçambique, por exemplo, as populações de elefantes foram dizimadas durante a guerra civil que acabou só em 1992. Mas essas tragédias podem também contribuir para aliviar a pressão de áreas onde o número de elefantes é excessivo. Em outubro de 2001, o governo da África do Sul iniciou um programa de três anos para a transferência de mil elefantes do Parque Kruger, com excesso de elefantes, para Moçambique.