segunda-feira, 22 de março de 2010

11 Perguntas que os cientistas (ainda) não conseguem responder

1. Como surgiu o Universo?

Como poderíamos responder à pergunta acima? Se concordarmos com os cientistas, diríamos que o cosmo foi criado a partir de uma grande explosão, que deu origem a tudo. É isso que diz a teoria do Big Bang, que afirma que o Universo nasceu há cerca de 13 bilhões de anos, a partir da expansão - geralmente chamada de "explosão" - de um corpo de densidade e temperatura incalculáveis. Pois saiba que essa história não é uma certeza absoluta - e por isso mesmo é chamada de teoria. Apesar de ser a ideia mais aceita pela ciência, o Big Bang nunca foi comprovado e talvez nunca seja. E é exatamente nesse ponto que se firmam os alicerces dos que acreditam que o mundo foi criado por uma entidade suprema, conceito-base de praticamente todas as religiões. E se a teoria da criação divina não tem comprovação cientifica, a do Big Bang baseia-se em evidências e fenômenos observados hoje no cosmos, prováveis resquícios da explosão original - e que os cientistas do Centro Europeu de Física Nuclear (Cern), laboratório que abriga o mais potente acelerador de partículas do mundo, estão tentando recriar com seus experimentos.
Não é de hoje que o Big Bang leva pancadas dos especialistas. Na década de 1950, a teoria chegou a ser ameaçada pelo modelo do estado estacionário, que dizia que o Universo teria sido o mesmo em todos os lugares e em todos os instantes, derrubando, assim, a ideia de que tudo teria surgido ao mesmo tempo. Outro questionamento surge quando se pensa naquilo que poderia existir antes do Big Bang. Na opnião do astrofísico Marcelo Gleiser, autor do livro "A Dança do Universo", a resposta é simples: nada. "Não existia um 'antes'. Esse tipo de pergunta nasce do preconceito comum de querer encontrar um evento anterior a tudo. O tempo simplesmente não existia. Ele surgiu com a criação", diz Gleiser. "A verdade é que, no que se refere à descrição dos fenomenos do início do Universo, ainda não há uma teoria que possa ser dada como certa e definitiva", afirma José Ademir Sales de Lima, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciência Atmosféricas da Universidade de São Paulo.
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2. Quando começa a vida?

A polêmica sobre a questão é tão intensa que até hoje a ciência não conseguiu chegar a uma única resposta. São diversas as teses a respeito do exato momento em que se inicia a vida humana. Durante a Idade Média, imperava a teoria de que ela só começava no instante do nascimento. Hoje, essa ideia é totalmente descartada. As mais aceitas - e discutidas - pela comunidade científica afirmam que a vida começa...

...com a fecundação
No momento em que o espermatozoide entra no óvulo, o que ocorre entre 12 e 48 horas após a relação sexual. A essa fase a gestação, muitos estudiosos dão o nome de "primeiro momento".

...com o início da atividade cardíaca
Para alguns cientístas, a vida humana começa por volta da quarta semana de gestação, quando o coração começa a bater.

...com a formação do sistema nervoso central
Na quinta semana, o embrião já apresenta movimentos involuntários, o que indica atividade do sistema nervoso, característica primordial para a vida humana.

...com o início da atividade cerebral
Considerando que uma pessoa é dada como clinicamente morta no momento em que o seu cérebro para de trabalhar,a lguns pesquisadores apontam o início da vida para o instante em que as ondas cerebrais começam a entrar em ação: oitava semana.

...com a nidação (ou implantação)
Este é o momento em que o embrião se firma na parede do útero. A partir daí, tem início os movimentos celulares que farão surgir todos os órgãos do corpo, dando, assim, forma humana ao embrião. O processo começa próximo ao quiquagésimo dia de gravidez.

...com o surgimento do feto
Grande parte dos estudiosos defende a teoria de que a vida humana se inicia na nona semana de gestação, quando o embrião evolui a feto com a formação básica dos órgãos. Deste momento em diante, o feto praticamente só aumentará de tamanho.
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3. Quanto usamos do nosso cérebro?

Quando o assunto é a capacidade do nosso cérebro, uma pergunta sempre vem à tona: como alcançar 100% de seu potencial? Por muito tempo, acreditou-se que usávamos apenas a décima parte da capacidade cerebral. Com 90% de inatividade, certamente teríamos um grande terreno a ser desbravado. Hoje, já é sabido que isso não passa de um mito surgido entre os cientistas no início do século XX. O fato é que, até agora, a ciência não sabe precisamente quanto utilizamos do nosso potencial cerebral. "Embora existam especulações sobre o assunto, já sabemos, graças ao estudo de imagens funcionais do órgão, que nos valemos de todas as suas áreas, de maneiras diferentes", afirma a neurocientista Suzana Herculano - Houzel. "Mas o percentual que utilizamos ainda é uma incógnita".
De acordo com pesquisas do Laboratório de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o cérebro humano possui em média 86 bilhões de neurOnios e 85 bilhões de células não neuronais. "O fato de os neurônios corresponderem à metade do cérebro não significa que sua capacidade esteja reduzida à metade", diz Suzana. Saber que a máquina cerebral funciona a todo vapor e se utliza de todas as ferramentas disponíveis não descarta, no entanto, o fato de que o cérebro, a exemplo do que podemos fazer com os músculos, deva - e precise - ser exercitado. "O sistema nervoso se molda de acordo com a estimulação embiental", diz Gilberto Fernando Xavier, de Neurociência e Comportamento da USP. A verdade é que o cérebro humano ainda é um terreno misterioso.
"Não sabemos, por exemplo, como bilhões de neurônios, que funcionam de maneira integrada, podem fazer maravilhas como a pintura e a música e, infelizmente, também as armas e a guerra."
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4. A alma existe?

Em 1907, o médico americano Duncan Mac Dougall dedicou-se a comprovar a existência da alma. Com base em experimentos, ele chegou a afirmar que a alma não apenas existe como também tem peso especifíco. Sua teoria diz que todo ser humano, não importa o tamanho ou a idade, perde exatamente 21 gramas no momento exato da morte. Para MacDougall, seria esse, portanto, o peso da alma - dado que virou até mesmo título do filme. Mas grande parte da comunidade científica internacional não aceita como verdadeiras essas conclusões. Controvérsias à parte, há quem acredite e té tenha histórias para contar a respeito da alma. É o caso da educadora Lucy Lutfi, 74 anos, que passou por duas Experiências de Quase Morta (EQM) - quando o paciente é dado como clinicamente morto e volta à vida. Num desses episódios, em 1972, ela foi atingida por uma grande onda no mar do Guarujá, em São Paulo. Lucy conta que assistiu à cena desconectada do próprio corpo: "Eu me via sendo lançada contra as rochas. Senti que deslizava por um túnel e raciocinava sobre os acontecimentos com clareza." Socorrida na praia, voltou a viver.
Para Marcelo Silva, coordenador do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, Lucy teve a sua alma projetada para fora do corpo. "Algumas pessoas chamam de 'alma'. Outras, de 'consciência'. Mas acreditamos que seja a mesma coisa", diz ele. Independentemente da nomeclatura, trata-se de algo ainda inexplicável e que gera embates. Para o neurologista Gilberto Fernando Xavier, a "alma nada mais é do que os bilhões de neurônios do cérebro alimentados pela formação cultural e toda sorte de informação que um indivíduo recebe durante a vida". Silva contesta: "Não temos uma definição precisa do que vem ser a alma. Mas pelas pesquisas realizadas, entendemos que ela não é o cérebro nem um tipo de energia conhecida pela física, o que torna sua busca um desafio ainda mior para a ciência."
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5. Os animais pensam?

A informação é contundente: o cérebro dos golfinhos tem maior concetração de neurônios do que o nosso. Para que tudo isso e como esses cetáceos utilizam todo esse potencial ainda é um mistério. Mas já é sabido que estão entre os animais mais inteligentes da Terra: são capazes de se reconhecerem, lembram de fatos do passado, têm linguagem muito similar à nossa - com "palavras", gestos e movimentos. E até ajudam humanos em perigo. Não são raros os relatos de pessoas salvas de afogamentos por eles. Outra história interessante: é comum, nas regiões habitadas por golfinhos, grupos de machos seguirem os barcos. Durante muito tempo, prevaleceu a ideia de que era um tipo de brincadeira. Ledo engano. "Os machos fazem isso para afastar o barco das fêmeas e filhotes. Já que as embarcações invariavelmente seguem os golfinhos, é uma excelente estratégia", diz o ocenógrafo José Martins da Silva Júnior, ques estuda os golfinhos de Fernando de Noronha há quase 20 anos. O curioso é que, nesse exemplo, os animais enganam os humanos, levantandoo a insólita questão: quem são os seres inteligentes dessa história?
Para deixar a discussão ainda mais quente, vale ressaltar que provas de inteligência animal estão por toda parte. Ou você acha que um cachorro aprende a sentar e a dar a pata por simples obra do acaso? Mas raciocínio e inteligência não significam, necessáriamente, capacidade de pensamento. Até hoje, não sabemos se os animais são capazes de planejar como nós. Os golfinhos, por exemplo, não acordam pela manhã e "pensam": Hoje, eu tenho de afastar aqueles turistas da minha família. "Mas que os bichos são dotados de admirável inteligência, isso já é uma certeza. Um caso célebre envolve uma ave. Em 2002, pesquisadores do Departamento de Ecologia Comportamental da Universidade de Oxford, na Inglaterra, assistiram, deslumbrados, a algo até então inédito. Um corvo fêmea usou de arame (após entortá-lo) para retirar a comida que havia sido colocada no fundo de um tubo de vridor. Não há dúvida: a ave acabara de se mostrar capaz de resolver um problema e, o mais fantástico, de criar uma ferramenta com um objetivo especifíco.
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6. É possível viajar no tempo?

"Nunca penso no futuro. Ele chega rápido de mais." Quando disse a frase, o físico alemão Albert Einstein provavelmente não fazia uma alusão à possibilidade de viajar no tempo. No entanto, todas as hipóteses formuladas atualmente sobre o tema sustentam-se na Teoria da Relatividade, formulada por ele em 1905. Segundo tal teoria, o tempo passa mais devagar à medida que um objeto se aproxima da velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s). Einstein mostrou que relógios em movimento contam o tempo mais vagarosamente. "Isso significa que, se passarmos um ano viajando pelo espaço a uma velocidade muito próxima à da luz, quando voltarmos à Terra terão se passado 100 anos aqui", diz o astrofísico Richard Gott, da Universidade de Princeton, nos EUA. "De certa forma, poderiamos visitar o futuro."
Se viajar ao amanhã é algo fisicamente factível, a volta no tempo é mais complicada. Para isso, seria preciso superar a velocidade da luz. "A viagem para o passado não existe. A ideia viola o princípio da causalidade, que entende que toda série de eventos depende de uma ordem de causa e consequência", diz o astrofísico Marcelo Gleiser. Esse é o princípio do "paradoxo do avô", que levanta a questão: o que aconteceria se uma pessoa voltasse ao pasado e matasse o próprio avô, impedindo assim, o nascimento do pai e, portanto, seu próprio nascimento? Como essa pessoa poderia ter assassinado o avô, se ela nem chegou a nascer? Tais ponderações são apaixonates. Mas a possibilidade de viajarmos no tempo ainda está longe. "Um dos problemas práticos é a tecnologia. Não temos como construir um foguete ou uma espaçonave para isso", diz Gleiser. "São projetos que só supercivilizações poderão tentar". completa Gott.
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7. Existe premonição?

Quando o analista de sistemas Rodolfo Rossi, 24 anos, partiu de São Paulo pra Santa Catarina, num ônibus de excursão, sua mãe - a dona de casa Divina Andrade, 54 anos - sentiu um aperto no coração, uma sensação pesada, como se algo de ruim estivesse para acontecer ao filho. "Nunca havia sentido nada parecido", ela lembra. Para o psicoterapeuta Ascânio Jatobá, especialista no estudo de sonhos, Divina estava tendo uma premonição: "A mãe é ligada de maneira insconsciente ao filho. E é muito natural ter intuições enquanto a cria está distante." Os cientistas, obviamente, não acreditam em avisos vindos do além ou coisas do gênero e explicam o sentimento da mãe de Rodolfo de uma forma mais racional. "O nosso cérebro tenta ver o futuro o tempo todo. Em situações de conflito e stress, calculamos as probalidades de algo ruim acontecer", diz a neurocientista Suzana Herculano-Houzel. "Com base em conhecimentos e experiências armazenados na memória, temos projeções do que pode vir a se concretizar", acrescenta o neurologista Gilberto Fernando Xavier.
O responsável por essa proeza é o cortex cingulado anterior, uma porção do cérebro que analisa todas as probabilidades e projeta previsões. A partir disso, o indivíduo dá mais atenção ao assunto e tem sensações que se apresentam na forma de stress diante do futuro. Contrariando as leis da ciência, Jatobá afirma que a premonição, na verdade, "é um conteúdo inconsciente que invade a consciência por meio de sonhos ou intuições". E, claro, só é possível confirmar se o pressentimento tinha fundamento depois que o fato acontece - ou não. Até que algo se concretize, a dúvida é inerente ao "premonitor". No caso da dona de casa Divina, sua intuição funcionou. Durante a viagem do filho, houve uma ação da polícia contra brigas localizadas e o rapaz, mesmo sem estar envolvido na confusão, acabou sendo ferido por uma bala de borracha. "Creio que tive uma premonição", diz a mãe.
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8. O que define nossa sexualidade?

"Nasci gay", afirma o estilista Isaac Ludovic, 22 anos. Ele se lembra de sua infância em Barreiras, interior da Bahia, e diz que já naquela fase era convicto de que pertencia ao universo feminino. "Minha diversão era me vestir de menina e brincar com bonecas." Mas para o namorado de Isaac - que prefere não se identificar - a história foi diferente. Já haviam se passado a infância e a adolescência quando ele descobriu que era homossexual. O caso de Isaac se encaixa perfeitamente na explicação da pesquisadora e neurocientista Suzana Herculano - Houzel sobre o assunto. "O interesse sexual é definido biologicamente no ínicio da gestação e não há nada que se possa fazer." Mudanças hormonais, doenças, medicamentos e até a herança genética podem alterar a maneira como o hipotálamo do bebê - parte do cérebro responsável pelo comportamento sexual, entre outras funções - responde a estímulos.
Mas o que explica o caso do namorado de Isaac, que pensava ser heterossexual até os 22 anos? Para o psicólogo Oswaldo Rodrigues Júnior, do Instituto Paulista de Sexualidade, o indivíduo não nasce com a sexualidade definida e pode mudar de orientação: "Isso mostra por que muitas pessoas passam por fases assexuadas ou se tornam homo ou bissexuais." A neurocientista Suzana ressalta que nascer com a sexualidade definida não garante que o indivíduo aceitará a si próprio e assumirá sua inclinação. "O importante é saber que a preferência sexual vem com a criança, como a cor dos olhos, e não deve haver discriminação." Já o psicólogo australiano Allan Pease, autor de best sellers como "Por que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor?", é radical: "A sexualidade não só é definida no útero como também é imutável."
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9. A fé pode curar?

Existem milagres? Uma pessoa pode ser curada simplesmente pela força de sua fé? É muito provável que essas perguntas nunca sejam respondidas. Pelo menos, não de uma forma que agrade a religiosos e cientistas. Mas uma coisa já é consenso entre estudiosos: a fé pode, sim, auxiliar na recuperação de um doente. É o que comprova o trabalho do pesquisador americano Hebert Benson, no Instituto Mente-Corpo da Universidade de Harvard (EUA). Benson estuda a influência da crença há mais de 35 anos. Em uma de suas obras, "Medicina Espiritual", ele afirma que a fé e a meditação melhoram a saúde. Segundo Benson, manter a mente calma e relaxada - como ocorre quando uma pessoa ora ou medita - pode combater problemas como hipertensão, tensão pré-menstrual, insônia e até infertilidade. E ainda alivia os efeitos de doenças crônicas.
Mas não estamos diante de uma prova cabal de que a fé seja sinônimo de alta hospitalar. Os estudos apenas comprovaram que a devoção ativa partes do cérebro que causam bem-estar, dão mais esperança e positivismo ao paciente e deixam ao enfermo relaxado - fatores que auxiliam na recuperação. O próprio pesquisador faz questão de destacar que a fé deve ser uma aliada dos medicamentos e tratamentos convencionais. oRodolfo Puttini, doutor em saúde coletiva pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), compartilha dessa tese. "A espiritualidade é formada por valores que ajudam na cura", diz ele. Já o neurocientista Alfredo Pereira Júnior, falando sobre o que chama de "recuperação do corpo pelo próprio corpo", ressalta que, "quando a mente se envolve no processo da cura por meio da fé, ela ativa mecanismos fisiológicos que influenciam o corpo, auxiliando. Mas isso não quer dizer que a fé possa curar alguém".

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10. Por que nos apaixonamos?

Aparência física, instinto de preservação da espécie, hormônios à flor da pele ou uma flechada aleatória do cupido. As hipóteses são muitas, mas a pergunta acima persiste. "Esse é um mistério que tentamos explicar há séculos e para o qual ainda não temos uma resposta definitiva", diz a psicoterapeuta britânica Paula Hall, que há 15 anos trata casais com problemas de relacionamento. Tudo indica que a paixão não tenha um motivo isolado, mas, sim, um conjunto de razões. Pesquisas sobre como uma pessoa define sua cara-metade, por exemplo, indicam que, quanto maior a semelhança com o alvo desejado, mais chance de rolar uma paixão. A semelhança, no caso, diz respeito tanto ao aspecto físico quanto à personalidade do outro.
Aspecto igualmente importante e bastante examinado da paixão tem a ver com os processos bioquímicos. "O amor pode ser dividido em três fases: luxúria, atração e ligação afetiva. Em cada uma delas produzimos diferentes hormônios. Durante a luxúria, principalmente estrogênio e testosterona, que causam o desejo sexual. Na atração, PEA e dopamina, substâncias que nos fazem querer passar todo o tempo com a pessoa amada. Já a ligação afetiva é influenciada sobretudo pela oxitocina e pela vasopressina, que criam um vínculo emocional. No entanto, mais uma vez, isso não explica tudo. Do ponto de vista bioquímico, ficamos literalmente viciados na outra pessoa. Infelizmente, a sensação não dura para sempre", diz Paula. Assim, o mistério permanece à disposição de cientistas, filósofos e poetas, que há séculos se debruçam sobr eo fenômeno atrás da definição perfeita.
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11. Quando e como o mundo vai acabar?

Estamos a cinco minutos do apocalipse. Pelo menos é o que diz o Relógio do Fim do Mundo, uma criação do Bulletin of the Atomic Scientists, grupo de cientistas que avalia a proximidade de uma catástrofe global. Criado em 1945 para alertar a humanidade sobre o perigo da proliferação de armas nucleares, o relógio agora também leva em conta o impacto das mudanças climáticas na Terra para determinar seu ritmo. Quanto mais próximos os ponteiros estiverem do número 12, mais perto estaremos da aniquilaçãoo. "É fácil imaginar os danos causados por explosões nucleares. No entanto, tendemos a não aacreditar que os bilhões de motores em funcionamento no mundo possam causar dano semelhante. Mas eles podem", diz o ambientalista americano Bill McKibben, autor do livro "O Fim da Natureza". Embora as previsões a respeito dos efeitos da ação humana sobre o clima sejam alarmantes, McKibben acredita que eles não serão capazes de causar a destruição total: "O planeta sobreviverá. Mas vamos causar a morte de muitos humanos, bichos e plantas. E é bem possível que isso aconteça antes do fim deste século."
Independentemente da ação do homem, sabemos que a extinção do planeta é um acontecimento inevitável. Muito provavelmente, o responsável por isso será o Sol, cuja energia permite a vida na Terra. Para iluminar e aquecer o sistema solar, a estrela queima seu próprio combustível nuclear. Esse processo não vai durar para sempre. Mas, nesse quesito, ainda temos muito tempo. Vai levar cerca de cinco bilhões de anos para o Sol se tornar uma estrela gigante, vermelha, que se expandirá e desstruirá os planetas que encontrar pelo caminho - inclusive o nosso. "Portanto, se até lá o homem não destruir a Terra, o apocalipse ocorrerá de qualquer maneira", diz José Ademir Sales de Lima, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Claro que tudo também pode acabar com a colisão de um asteroide com a Terra ou - por que não? - uma invasão extraterrestre. Teorias não faltam. "Os medos apocalípticos nunca cessam. Se eles tivessem se concretizado, não estaríamos mais aqui. Podemos ficar tranquilos, está tudo bem", garante o astrofísico Marcelo Gleiser.

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Texto e imagens extraidos da Revista IstoÉ
Ano 32 - nº2090 - 2 DEZ/2009

terça-feira, 9 de março de 2010

Processos Cognitivos

1- No conjunto de letras abaixo, há uma palavra da língua portuguesa com três letras. A palavra USE não tem nenhuma letra em comum com ela. ROL tem uma, que está na posição correta. ORA, LEO e RUM tem uma letra em comum, cada uma, com a palavra em questão, mas sempre fora da posição correta. Qual é a palavra?

USE
ROL
ORA
LEO
RUM

Resposta no final da página.
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2- Numa turma de estudantes, há uma oradora, uma representate dos alunos e a mais bela do colégio. Seus nomes são Iara, Silvia e Tânia, mas não estão necessáriamente nesta ordem. A mais bela, filha única, é também a mais alta. Tânia, que namora o irmão de Iara, é mais baixa que a representante dos alunos. Quem é quem?

Resposta no final da página.
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3- Cláudia e Cleide receberam cartões contendo números para participarem de um sorteio. O cartão de Cláudia apresentava a numeração 97771 e do Cleide 22810. As regras do sorteio permitiam a combinação de números de, no máximo, 2 cartões diferentes, sendo que a ordem dos números em cada cartão tinha que ser respeitada. O(s) vencedor(es) do serteio seria(m) quem apresentasse primeiro o(s) cartão(ões) premiado(s). O primeiro algarismo do número sorteado é múltiplo de 3; o segundo e o terceiro juntos compõem o número seguinte à solução de 5²+2; e subtraindo o último do penúltimo, o resultado é igual a resposta da multiplicação de 3 com 2.

Considerando os números dos cartões de Cláudia e Cleide, seria possível afirmar que os numeros combinados destes cartões permitiram o recebimento do prêmio? E qual foi o número sorteado?

97771 ----- 22810
Cláudia -----Cleide

Resposta no final da página
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Respostas:

1 - MAL

2- Justificativa: Se Tânia é mais baixa que a representante da turma então ela é a oradora, porque a mais bela é alta. Então sobra a Iara e Silva, Iara é a representante porque para ser a mais bela tem que ser filha única. Então Silvia é a mais bela.

oradora - Tânia
representante dos alunos - Iara
mais bela do colégio - Silvia

3 - 92871

segunda-feira, 8 de março de 2010

10 dicas de formatação do currículo

E lembre-se sempre: nada de excessos. A sabedoria está no equilíbrio!

O resumo da ópera é que ao mesmo em que você deseja que seu conteúdo seja lido e entendido, você não quer correr o risco de ser visto como "mais um", ou que seu avaliador tenha a impressão de que você não se aplicou o suficiente na preparação do currículo. Mas você também não pode correr o risco de se destacar negativamente por cometer exageros na sua composição, ou por fazer com que a forma do currículo chame mais atenção do que o conteúdo. Vamos às dicas, que se concentram nos erros comuns que você deve evitar.

1- Não seja "mais um". Fuja dos modelos de currículo pré-fabricados e dos sites que preenchem os currículos automaticamente para você: você não deseja que o seu avaliador veja você como "mais um". Pelo contrário, você quer se destacar, e precisa fazer isso sem perder a linha. Não há problema em consultá-los, estudá-los ou mesmo em adotar algumas ideias deles, entretanto.

2- Não use papéis extravagantes. Se você deseja investir na qualidade do papel de seu currículo, escolha um papel de boa qualidade, mas branco, liso e em formato A4. Peça na papelaria por papel A4, gramatura 90 g/m2. Texturas, cores, marmorização e outros "diferenciais" nem sempre passam a mensagem que você gostaria que passassem.

3- Não inclua uma folha de rosto. É um currículo, e não um relatório escolar!

4- Não desperdice esforços com uma capa ou envelope especiais. Não há nada de errado com eles, mas tende a ser esforço desperdiçado. A não ser que a empresa seja muito pequena, é provável que os currículos sejam recebidos por um setor de protocolo, repassados a alguém que vai colocá-los em uma pasta e só então entregues ao avaliador - e o seu envelope, capa ou invólucro especial tem enormes chances de irem para o lixo nas primeiras duas etapas.

5- Não use fontes Times New Roman, Comic Sans ou uma fonte extravagante. A primeira seria adequada (não há nada de errado com ela), mas como é a fonte padrão de vários editores de texto, tem grande chance de ajudar você a parecer "mais um". A segunda só é adequada para decorações de festas infantis. Escolha um fonte clara, sóbria e com bom legibilidade. Experimente Arial, Georgia, Verdana. Minha preferida é Georgia 10 ou 11.

6- Nada de fontes microscópicas. Seu avaliador pode enxergar mal. Uma fonte bastante legível pode ser reduzida até no máximo 9 pontos. O ideal é não descer abaixo dos 10 pontos. Se a parte essencial do seu texto não couber na primeira página, não tente espremê-la reduzindo a fonte.

7- Use fontes em qualquer cor, desde que seja preto. O uso de fontes em cor cinza é um truque comum para reduzir o "peso" de uma página, mas existe um limite abaixo do qual ele prejudica a ligibilidade. Prefira o preto, ou no máximo um cinza bem escuro (75% ou mais).

8- Sem decoração excessiva. Nada de desenhos, gravuras, ilustrações. Molduras e bordas também devem ser evitadas. Se for usar alguma cor (além do preto), limite-se a apenas uma, e apenas onde houver necessidade de destaque.

9- Fuja de papéis em formato estranho. Seu avaliador vai receber muitos currículos, e terá que guardá-los em um envelope ou pasta. Se o seu for muito grande, não vai caber. Ser for muito pequeno, pode ficar solto, ou ficar entre 2 outros e nem ser lido. No Brasil, use sempre papel em formato A4.

10- Não imprima em formato paisagem. Ninguém quer virar o seu currículo de lado para ler, especialmente se eles estiver grampeado a vários outros, ou fixado em uma pasta. Arranje outras maneiras de ser diferente ;)

Você sabe o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir.

-elo de ligação
-acabamento final
-certeza absoluta
-quantia exata
-nos dias 8, 9 e 10 inclusive
-juntamente com
-expressamente proibido
-sintomas indicativos
-há anos atrás
-vereador da cidade
-outra alternativa
-detalhes minuciosos
-a razão é porque
-anexo junto à carta
-de sua livre escolha
-superávit positivo
-todos foram unânimes
-conviver junto
-fato real
-encarar de frente
-multidão de pessoas
-amanhecer o dia
-criação nova
-retornar de novo
-empréstimo temporário
-supresa inesperada
-escolha opcional
-planejar antecipadamente
-abertura inaugural
-continua a permanecer
-a última versão definitiva
-possivelmente poderá ocorrer
-comparecer em pessoa
-gritar bem alto
-propriedade característica
-demasiadamente excessivo
-a seu critério pessoal
-exceder em muito

Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, 'supresa inesperada'. Existe alguma supresa esperada? É obvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Os monstros na arte

Quantas vezes você já viu um quadro ou assistiu a um filme ou a um desenho que tivesse monstros e criaturas diferentes do que se conhece? Esses seres, que não existem, fazem parte da imaginação humana há muito tempo e estão presentes também no universo das artes. Vale a pena conhecê-los.
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Normalmente, a palavra “monstro” é associada a algo assustador e que faz mal às pessoas. Mas nem sempre é assim. Muitas dessas criaturas representam o Bem e chegam a ser até simpáticas.Mesmo os monstros originalmente maus podem ser mostrados de forma amigável. Tudo depende de quem os retrata.
Um exemplo é a história do monstro do Lago Ness, na Escócia. Segundo os moradores da região, Nessie seria um monstro pré-histórico que habitaria até hoje o fundo desse lago. Inúmeros desenhos e ilustrações pelo mundo mostram Nessie como uma criatura bondosa e feliz.
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Figuras estranhas

É muito fácil identificar monstros em um filme ou desenho. Eles são criaturas estranhas aos olhos das pessoas e diferentes dos seres considerados normais. Podem ter tamanho exagerado, transformar-se em outros seres, ter membros do corpo virados para trás ou até mesmo ser uma mistura dos reinos animal, vegetal e mineral.
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Os monstros no mundo das arte

O surgimento dos monstros e de suas histórias tem motivos be, variados. Algumas dessas criaturas foram inventadas por escritores para povoar suas histórias. Outras foram criadas por cineastas, desenhistas ou pintores.
E ainda há as que não passam de lendas, que são histórias contadas de geração em geração até que sua fama se espalhe pelo mundo.
Os monstros podem até ter aparência humana, com certos detalhes que os diferenciam do homem. Outros em nada lembram um ser humano.
Conheça alguns deles e também sua origem.

Conde Drácula

Esse homem-vampiro surgiu do livro Drácula, lançado em 1897 pelo escritor irlandês Bram Stocker (1847 – 1912). Ele baseou-se em histórias contadas sobre a vida de Vlad Drácula, um conde que viveu em um castelo na região da Transilvânia, na Romênia, no século XV. Pela história do livro, Drácula recebia visitantes em seu castelo e sugava-lhes o sangue, mordendo-os no pescoço. Foram feitos vários filmes inspirados no assunto.

Alienígenas

Os extraterrestre, ou alienígenas, sempre fizeram parte da imaginação humana e muita gente se pergunta se eles existem ou não. O cinema muitas vezes deu-lhes as mais variadas formas. O diretor norte-americano Steven Spielberg, por exemplo, criou o ET, um extraterrestre feio, mas simpático, e que fazia o bem. Já a série de filmes Alien mostra alienígenas assustadores, que fazem mal aos seres humanos.

King Kong

O primeiro filme em que essa figura assustadora apareceu foi lançado em 1933 e gerou várias versões posteriores. Mas a história é a mesma: caçadoras vão até um ilha do Oceano Pacífico e capturam um enorme macaco, o King Kong. Ele é levado para Nova York, mas consegue escapar de seus caçadores e causa pânico na cidade.

Frankenstein

Ele nasceu no livro Frankenstein, lançado em 1832 pela escritora inglesa Mary Shelley (1797 – 1851). Essa obra conta a história de um cientista que queria criar um ser humano a partir de partes de corpos de diferentes pessoas mortas. Só que a experiência dá errado e a imensa criatura escapa, arrasando o que encontra pela frente.

Múmia

A mumificação era comum no Egito Antigo: uma série de produtos especiais era passada no corpo de alguém importante, para mantê-lo conservado por milhares de anos. Em 1922, foi achado o corpo mumificado de um faraó egípcio, morto havia cerca de 4.000 anos. As pessoas que o descobriram morreram de forma misteriosa. Depois disso, mais múmias foram descobertas, o que originou uma série de filmes e desenhos que criaram a lenda da “maldição das múmias”.

Abominável Homem das Neves

Até hoje discute-se se essa criatura existe ou não. Isso porque, desde o começo do século XX, turistas e alpinistas dizem ter visto enormes pegadas na neve, na região das montanhas do Himalaia, entre a Índia e o Nepal, na Ásia. Criou-se então a lenda de Yeti, o Abominável Homem das Neves, na Ásia.Criou-se então a lenda de Yeti, o Abominável Homem das Neves, que poderia ser um enorme homem, urso ou macaco peludo.
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Histórias bem antigas

As criaturas diferentes das consideradas normais vivem na imaginação humana desde a Antiguidade. Foi na Grécia Antiga que surgiu a história do Minotauro, uma criatura meio homem, meio touro. Conta-se que ele vivia num labirinto e se alimentava de pessoas. Um dia, um homem chamado Teseu entrou no labirinto com um carretel de linha, para poder achar o caminho de volta. Ele matou o Minotauro e saiu vivo de lá.
Outra histórias grega é a da Medusa. Ela teria sido uma bonita mulher, com lindos cabelos. Mas ofendeu a deusa da sabedoria, Minerva, que transformou os cabelos da Medusa em serpentes e deu a ela poderes sobrenaturais: toda pessoa que olhasse para seus olhos viraria pedra.
Medusa - Ela foi retratada de diversas formas, inclusive em desenhos da Antiguidade.
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Os pintores brasileiros e os monstros

Alguns pintores brasileiros ganharam fama pintando criaturas estranhas.
O goiano Siron Franco é um deles. Ele nasceu em 1947 e em alguns de seus trabalhos retratou seres mosntruosos, misturando animais e homens. Sua exposição Fábulas do Horror exibia obras sobre o tema.
O pintor Carybé (1911-1997) também gostava de incluir figuras assustadoras em suas obras. Ele nasceu na Argentina, mas ficou famoso vivendo em nosso país. Em 1930, Carybé foi morar no Rio de Janeiro e depois em Salvador. Além do dia-a-dia dessas cidades, ele retratou mosntros em algumas obras. Entre eles, a história do lobisomem, que surgiu nas fazendas. Ela conta que, nas noites de lua cheia, um homem se transforma em lobo, ataca as pessoas e fica uivando para a lua.
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Os monstros na história da pintura

Uma das áreas que mais exploraram a figura dos monstros ao longo da história foi a pintura. Na Idade Média existiam diversas histórias e lendas a respeito de monstros. Nessa época, não existia televisão, rádio ou luz elétrica. A diversão de muitas pessoas era inventar histórias e personagens.
A partir do século XIII, os europeus começaram a navegar pelo mar na esperança de descobrir novas terras. Os navegadores não tinham a menor ideia do que iriam encontrar pela frente. Muita gente, querendo despertar medo entre os aventureiros, começou a criar histórias envolvendo mosntros do mar, dizendo que eles possuíam variadas formas e que atacariam os navegadores no meio do caminho.

O Colosso - Esta obra de Goya mostra um gigante sobre uma cidade.

Um pouco mais tarde, um pintor em especial se destacou: Hieronymus Bosch (1450 - 1516). Entre suas obras estão as que retratam criaturas estranhas, assustadoras ou engraçads.
Outro artista famoso que retratou mosntros foi o espanhol Francisco Goya (1746 - 1828). Ele teve uma fase chamada de "sombria", na qual pintou coisas ligadas ao horror.
No início do século XX surgiu o movimento surrealista. Seus artistas se inspiravam em sonhos e na imaginação para realizar suas obras. Com isso, criaturas monstruosas eram presença constante em quadros e desenhos.
O alemão Max Ernst (1891-1976) foi um dos pintores de destaque desse movimento. Em diversas obras ele pintou figuras assustadoras.

Figura estranha - As criaturas pintadas por Bosch provocavam medo nas pessoas.
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Fonte: Coleção Para Saber Mais Recreio - Artes - Personagens