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Você consegue imaginar como era o mundo antes da invenção do papel? O ser humano não tinha onde deixar suas mensagens e precisava usar diversos recursos, fazendo inscrições nas paredes das cavernas e até mesmo na areia. Depois passou a escrever nas pedras, gravar mensagens em placas de barro ou de metal ou a utilizar o couro dos animais para escrever. Hoje, a humanidade tem o papel e depende muito dele.
O papel está em todos os lugares. Eles está presente em nossa casa, na escola, nos locais de trabalho. Também é usado em várias atividades divertidas, como quando desenhamos, fazemos dobraduras, colagens ou recortamos figuras com a tesoura.
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De que é feito o papel
O papel industrializado que compramos em qualquer papelaria é produzido a partir de troncos de árvores. As mais usadas para isso são os eucaliptos. Os troncos são cortados e triturados nas indústrias de papel até se transformarem numa pasta de celulose, uma substância encontrada nas fibras vegetais. Dependendo do tipo de papel que será produzido, são usados produtos para clarear a pasta ou para colori-la. Depois ela é prensada para tomar a forma de finas folhas de papel.
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Material útil e versátil
Ao longo da história, muitos artistas usaram o papel de várias formas em suas obras de arte. Ele pode servir como suporte para diversas expressões artísticas, como a fotografia e a pintura, entre outras.
Além de ser útil para desenhar e fazer gravuras, o papel é a base de uma técnica especial, que vem sendo utilizada por muitos artistas desde o começo do século XX. É a colagem, a mistura de diferentes imagens, recortadas e unidas para criar uma nova obra de arte.
O inovador
Em 1912, o pintor francês Georges Braque (1882 – 1963) colou em uma pintura três pedaços de papel de parede. Criava, assim, a colagem. Sua obra O Clarinete, de 1913, mostra como eram tímidas as primeiras experiências com essa técnica: apenas um ou outro detalhe de papel, com algumas palavras, sobre a pintura na tela. Depois a colagem evoluiu muito.
Papéis rasgados
O espanhol Pablo Picasso (1881 – 1973), considerado o maior artista do século XX, também fazia colagens. Nesse Retrato, de 1946, ele representou sua mulher, Françoise Gilot, usando pedaços de papel rasgados com a mão, um tecido xadrez para fazer os cabelos e desenhou sobre tudo isso o rosto de sua amada.
O mestre
O francês Henri Matisse (1869 – 1954) fez colagens tão belas, combinando cores e formas, que foi considerado um mestre nessa arte. Ele cortava figuras em papéis de cores vivas, fazendo composições entre o papel do fundo e o da figura, como neste Painel com Máscara, de 1974. Ele chamava essa técnica de “desenhar com tesouras”.
Mistura de imagens
A artista plástica alemã Irene Hoffmann (1903 -) criou em 1930 sua obra intitulada Colagem, misturando imagens de fotografias diferentes e compondo um painel bastante interessante com cenas típicas da época. Observando os detalhes, pode-se perceber que a artista combinou figuras muito diferentes, como um soldado e um bebê.
Novos materiais
A partir dos anos de 1950, os artistas passam a usar diferentes materiais em suas colagens. Além de papel, colam tecidos e objetos. O norte-americano Robert Rauschenberg (1925-) juntou em sua obra Pintura Vermelha, de 1953, tiras de papel e de tecido, coladas aobre madeira e pintadas com tinta a óleo.
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Arte feita com papel e criatividade
Fazer arte com papel não é um privilégio apenas de certos artistas. Com um pouco de imaginação e de alguns papéis coloridos ou mesmo pedaços de papel que não servem mais, é possível criar muita coisa bonita e se divertir bastante com essa atividade.
Vamos conhecer duas formas de criar arte com papel: a dobradura e o papel machê.
Papel machê
O nome dessa técnica vem do francês e quer dizer papel mastigado. As folhas de papel são picadas e desmanchadas na água. Depois a pasta de papel é misturada com cola e moldada como se fosse um escultura. Assim, podem ser criados bonecos, bichinhos, máscaras e peças de decoração.
Dobraduras
A arte de dobrar papéis chama-se origami e existe no Japão desde o século VIII. A palavra vem do japonês: ori quer dizer dobrar; e kami, papel. Usando folhas de papel coloridas, é possível criar esculturas de plantas, animais ou figuras humanas. Essa arte fez sucesso no mundo todo.
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Uma opção para cada tipo de uso
Existem hoje vários tipos de papel. O sulfite é um dos mais conhecidos, mas há também o papel-espelho e o de seda, o laminado e o papel celofane, transparente e colorido. Quem gosta de pintar pode utilizar um papel especial, o canson, que é bem resistente.
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Em cartaz, a versão artesanal
Sobre o papel é possível produzir obras artísticas.
Mas o papel pode, ele próprio, ser um objeto de arte.
Atualmente, muitos artistas se dedicam à arte de confeccionar papéis artesanais.
Diversos materiais naturais podem ser usados para produzir pasta de papel, como as fibras do caule da bananeira, o bagaço da cana-de-açúcar, a palha de milho, as folhas da amoreira e o talo de mamona.
Os artistas se interessam em particular pela espessura e pela cor que podem obter a partir do uso de materiais tão diferentes. O resultado é geralmente muito bonito, sendo possível ver nas folhas artesanais as fibras misturadas ao papel.
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A importância de economizar papel
O papel foi uma das maiores invenções da humanidade. Hoje, o homem depende tanto dele que sua fabricação chega a colocar em risco florestas inteiras, sacrificadas para dar lugar a plantações de eucaliptos. Essas árvores crescem bem rápido e por isso são as mais utlizadas na produção de papel em grande quantidade.
Mas as florestas de eucalipto ressecam o solo e não são um abiente apropriado para numerosas espécies de animais. Assim, eles acabam desaparecendo das matas.
Para produzir uma tonelada de papel são derrubadas 20 árvores. A cada dia, são consumidos, no Brasil, milhares de toneladas de papel, tanto nos escritórios como nos lares. Muito desse papel utilizado poderia ser economizado ou reciclado, para se transformar em papel novo. Assim, muitas de nossas florestas e animais estariam mais protegidos.
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Era planta. Virou papel
A história do papel começa no Antigo Egito. Os povos que moravam às margens do Rio Nilo, há cerca de 6 mil anos, descobriram uma planta chamada de Cyperus papyrus. Eles cortavam seus talos em tiras e os lixavam e poliam. Obtinham, assim, uma folha fina e mole, o papiro, fácil de transportar e na qual podiam escrever e desenhar.
Onde essa planta não crescia, as pessoas secavam e esticavam o couro de animais, como a ovelha e o cabrito, para fazer os pergaminhos nos quais escreviam. Esse material continuou sendo usado na Europa até o século XII.
Nessa época, os espanhóis aprenderam com os chineses a fazer papel. Na China já se conhecia essa técnica desde o ano 105. O papel era produzido a partir de uma pasta feita com diferentes cascas de árvore e folhas moídas. Essa pasta era despejada, numa bacia cheia de água, peneirada e seca ao sol. O resultado eram folhas finas e resistentes.
Papiro
Folhas finas e moles, obtidas a partir da planta Cyperus papyrus, foram criadas pelos antigos egípcios. Nelas ficaram registrados os hieroglifos, uma escrita antiga composta de símbolos.
Eles criaram folhas de papel muito resistentes. Sobre elas registravam a sua escrita, composta de símbolos e desenhos: os ideogramas.