quinta-feira, 8 de abril de 2010

Corpos espaciais

Além da Lua, dos planetas e das estrelas, o Universo tem muito outros corpos espaciais. Eles viajam pelo espaço e alguns até chegam à Terra. São os asteróides, cometas, meteoros, meteoróides e meteoritos. Vamos saber o que é cada um e quais as diferenças entre eles?
______________________________________

Enormes rochas, pequenas partículas de poeira espacial, sobras de planetas e grandes porções de gelo são alguns dos corpos espaciais que viajam pelo Universo com velocidade de até milhares de quilômetros por hora. Alguns deles, como determinados cometas, chegam a ficar a trilhões de quilômetros da Terra e só passam perto de nosso planeta de milhares em milhares de anos.
Todos esses corpos tem um órbita, ou seja, percorrem determinado caminho ao redor de outros astros. Imagine que eles tenham um ponto de partida. Para alcançá-lo novamente, dando uma volta em torno do Sol, por exemplo, alguns astros levam vários dias, enquanto outros podem demorar até milhões de anos. Tudo depende de seu caminho.
______________________________________

Impressão diferente

As noções de tempo, distância e velocidade no espaço são diferente das que conhecemos. Para a astronomia, a distância de 100 mil quilômetros de um astro em relação a outro pode ser considerada curta. Eles também podem achar pequena a velocidade de 2 mil quilômetros por hora com que um corpo viaja.
______________________________________

Os brilhantes cometas

Os cometas nada mais são do que enormes rochas geladas que viajam a uma velocidade de milhares de quilômetros por hora pelo espaço. Os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre qual é a origem deles.
Devido à sua aparência, desde a Antiguidade os cometas talvez sejam os fenômenos espaciais que mais chamam a atenção dos homens. Seu nome originou-se da palavra grega "kométes", que significa cabelo. Isso porque os gregos antigos achavam que o grande rastro de luz brilhante deixado por esse corpo no céu se assemelha a uma mulher com o cabelo penteados para trás.
Eles se referiam à cauda do cometa, que se forma toda vez que esse corpo passa perto do Sol. Com o calor, o cometa derrete um pouca e deixa para trás poeira, gases e cristais de gelo. Observe na ilustração qual é a sua estrutura.


Cauda de poeira

É a parte de trás do cometa e pode atingir milhares de quilômetros. Ela se forma sempre que esse corpo passa próximo ao Sol. Quando o cometa derrete, ele solta os gases e a poeira espacial que o acompanham. A forte energia solar empurra tudo isso para trás. Quando o cometa está longe do Sol essa cauda se desfaz.

Cauda de gases

Essa cauda também se forma cada vez que um cometa chega perto do Sol, pois o calor e a energia solar fazem com que os gases sejam jogados para trás. A cauda de gases, que tem a cor sempre azulada, parte da cabeleira e fica ao lado da cauda de poeira.

Cabeleira

Também chamada de coma, a cabeleira forma com o núcleo a "cabeça" de um cometa. Sua forma é quase redonda. Ela é feita de gases brilhantes e aumenta cada vez que o cometa se aproxima do Sol, pois eles se descongelam com o calor.

Núcleo

A parte central do cometa é sua única área sólida, composta basicamente de matéria congelada. Uma capa preta de poeira sobre o núcleo, o que o faz parecer uma de futebol escura.
___________________________________

Batizando os cometas

Alguns nomes dos cometam homenageiam as pessoas que os descobriram. O cometa de Biela, por exemplo, recebeu esse nome depois que o astrônomo australiano Wilhelm von Biela o detectou, em 1826. Este cometa, aliás, é um dos que apresentam menor órbita: ele leva cerca de seis anos para completar uma volta ao redor do Sol.
Em compensação, o cometa de West é o que tem a maior órbita: seu trajeto demora aproximadamente 500 mil anos.
_________________________________

Grandes rochas

Os asteróides são pedaços de rochas que sobraram da formação dos planetas, há bilhões de anos, e apresentam um comportamento bem parecido ao deles, girando ao redor do Sol. A diferença em relação aos planetas é que os asteróides são bem menores e seu formato é bastante irregular. O maior asteróide de que se tem notícia chama-se Ceres: ele tem cerca de 1.000 quilômetros de diâmetro.
A maioria dos asteróides localiza-se entre os planetas Marte e Júpiter, num local conhecido pelos cientistas como cinturão dos asteróides. Pode acontecer de um desses astros desviar de sua órbita e chocar-se com algum planeta.
_____________________________________

Cometa Halley

É um dos cometas mais conhecidos. Seu nome é uma homenagem a Edmond Halley (1656 - 1742), que, após uma série de estudos do espaço e da órbita dos corpos espaciais, previu a aparição de um cometa em 1758. Ele estava certo e o astro ficou conhecido como Halley. Sua órbita é de 76 anos e passou próximo à Terra pela última vez em 1986. A sua próxima aparição será apenas em 2062.
_____________________________________

Meteoróides e meteoros

Meteoróides são corpos espaciais que por algum motivo se perdem no espaço. Desse modo, milhares deles entram diariamente na atmosfera terrestre, que é a camada de gases que envolve a Terra, e a maioria se desintegra durante essa passagem.
Quando entram na atmosfera, aparece um rastro luminoso no´céu, produzido em razão do atrito. Esse fenômeno, que é popularmente conhecido como estrela cadente, recebe o nome de meteoro. Quando muitos meteoróides entram na atmosfera ao mesmo tempo, surgem vários rastros que podem ser vistos no céu. É isso que os cientistas chamam de chuva de meteoros.
Espetáculo luminoso - As chuvas de meteoros são um dos fenômenos espaciais mais bonitos.
______________________________________

Desvendando mistérios

Uma das primeiras pessoas a se aprofundar no estudo do espaço foi o grego Aristóteles (348 a.C. - 322 a.C.). Na época em que ele viveu não havia muitos recursos para a observação do céu e por isso várias teorias formuladas na época estão superadas.
Aristóteles dizia, por exemplo, que os cometas eram porções de ar que pegavam fogo e quando o ar acabava o cometa desaparecia. Essa teoria foi aceita por mais 1.8000 anos.
Já no século XVI, cientistas ajudaram a compreender que os cometas são corpos celestes, pois desenvolviam uma órbita, assim como os planetas. O polonês Nicolau Copérnico (1473 - 1543) concluiu que todos os astros desenvolviam uma órbita circular ao redor do Sol. O alemão Johannes Kepler (1571 - 1630) melhorou essa tese, dizzendo que a órbita era elíptica, ou seja, quase oval. Ele estava certo.
Nicolau Copérnico - Esse astrônomo concluiu que os astros giram ao redor do Sol.
______________________________________

Grandes marcas no chão

Depois que entram na atmosfera terrestre, os pedaços que sobraram dos meteoróides são chamados de meteoritos. Estima-se que cerca de 20 toneladas deles cheguem à Terra por ano. A maioria dos meteoritos que caem sobre a superfície terrestre, porém, não é visível, pois geralmente são do tamanho de um grão de areia. Mas alguns são bem maiores e podem causar grandes estragos.
Cratera gigante - A Cratera do Meteorito, no Arizona, tem mais de um quilômetro de diâmetro.

Alguns cientistas acreditam na hipótese de que um enorme meteorito teria atingido a Terra há cerca de 65 milhões de anos, quando o homem ainda não existia. Esse choque de meteoritos com a Terra produz crateras na sua superfície. Uma das mais famosas é a Cratera do Meteorito, no Deserto do Arizona, nos Estados Unidos. Ela foi produzida pela queda de um corpo espacial de aproximadamente 60 mil toneladas, há cerca de 50 mil anos. Não existem registros de que um meteorito tenha atingido um ser humano.
Não é só em nosso planeta que os meteoritos causam estragos. Em 1610, o astrônomo italiano Galileu Galilei (1564 - 1642) observava a Lua e percebeu que sua superfície era cheia de irregularidades. Hoje sabe-se que essas falhas são grandes crateras, formadas a partir de choques de corpos espaciais com ela.
E por que a Terra não tem tantas crateras quanto a Lua? Segundo os cientistas, nosso planeta pode até ter sido mais atingido por meteoritos do que a Lua, mas teria uma capacidade maior de renovar seu solo.
Grandes buracos - Algumas crateras na superfície da Lua causadas pelos choques com meteoritos são enormes.
_____________________________________

Fonte: Coleção Para Saber Mais Recreio - Ciências Naturais - Espaço

Nenhum comentário: